Tradução: Cezar Souza

No capítulo cinco de God and Other Minds, Alvin Plantinga examinou criticamente algumas tentativas recentes de mostrar que o fato do mal torna a crença teísta tradicional auto-contraditória.[1] Ele argumenta que essas tentativas são malsucedidas e afirma que o sucesso é mais difícil do que muitos ateólogos supõem. Quero discutir o exame de Plantinga em uma tentativa de mostrar que o ateólogo não exauriu seu arsenal e que o teísta precisa de mais armas defensivas para sustentar sua posição de que a crença teísta não é irracional.
Plantinga sustenta, e acredito corretamente, que para o ateólogo mostrar que a crença teísta é auto-contraditória, seria necessário identificar um conjunto de proposições que tanto implica uma contradição quanto é tal que cada proposição no conjunto seja necessariamente verdadeiro, essencial ao teísmo ou uma consequência lógica de tais proposições. Claramente nenhum conjunto de premissas apresentaria um problema para o teísta se ele não estivesse comprometido, por alguns motivos, com cada proposição no conjunto ou se o conjunto não acarretasse uma contradição. Além disso, Plantinga afirma que os ateólogos que ele está criticando identificam o conjunto de proposições, (a) que Deus existe. (b) que Deus é onipotente, (c) que Deus é onisciente, (d) que Deus é totalmente bom, e (e) que o mal existe, como o conjunto de premissas que é essencial para o teísmo ortodoxo e que é auto-contraditório. Mas, Plantinga argumenta, enquanto (a) - (e) é um conjunto de proposições essenciais para o teísmo, esse conjunto não implica por si só formalmente uma contradição.
Plantinga argumenta que, a fim de mostrar que o teísmo é auto-contraditório, o ateólogo deve adicionar alguma proposição à (a) - (e) e que a proposição adicional também deve ser necessariamente verdadeira, ou essencial ao teísmo ou uma consequência lógica de tais proposições. Agora é bastante claro que a proposição adicional necessária ao ateólogo deve satisfazer uma outra condição: deve haver uma proposição que especifica as condições sob as quais uma pessoa pode permitir o mal sem perder seu direito à bondade moral. Depois de examinar várias formulações de tal proposição e rejeitá-las porque não eram adequadas para a necessidade do ateólogo, ou porque não satisfizeram a condição de serem necessariamente verdadeiras, essenciais ao teísmo ou uma consequência lógica de tais proposições, Plantinga afirma que pelo menos parte da proposição que o ateólogo precisa é seguinte

(f1) Uma pessoa onipotente e onisciente é totalmente boa apenas se eliminar todo mal tal que, para todo bem que o implica, há um bem maior que não o implica. [2]

 

Mas Plantinga também encontra dificuldades com essa proposição. Ele ressalta que a conjunção de (a) - (e) e (f1) também não é um conjunto formalmente contraditório, porque não acarreta a negação de (e), ou seja, não acarreta que não haja mal de forma alguma. Em vez disso, esse conjunto de premissas envolve

(g) Todo mal E é acarretado por algum bem G, de modo que todo bem maior que G também acarreta E.

Assim, uma vez que a conjunção de (a) - (e) e (f1) não acarreta uma contradição, a adição de (f1) a (a) - (e) não é por si suficiente para mostrar que o teísmo é auto-contraditório. O ateólogo deve adicionar ainda outra proposição a este conjunto e esta nova proposição deve ser necessariamente verdadeira, essencial ao teísmo ou uma consequência lógica de tais premissas de tal forma que, quando é adicionado ao conjunto, o mesmo acarreta a negação de (g):

Existe pelo menos um estado de coisas más tal que, para cada bem que o envolve, existe um bem maior que não o envolve.

De acordo com Plantinga, então, o ateólogo pode condenar o teísta de inconsistência apenas se ele puder deduzir a negação de (g) de (a) - (e) e (f1) junto com proposições que são necessariamente verdadeiras, essenciais ao teísmo ou consequências lógicas de tais proposições, porque, uma vez que é (g), e não a negação de (e), que é acarretada por (a) - (e) e (f1), o teísmo pode ser mostrado como sendo auto- contraditória apenas se for possível deduzir a conjunção contraditória de (g) e a negação de (g) de maneira especificada. Além disso, Plantinga indica que se o ateólogo pode deduzir a negação de (g) e podemos dizer que um  estado de coisas más se justifica apenas no caso de ser falso que, para todo bem que o implica há um bem maior que não o faz, então o ateólogo terá conseguido mostrar que existe um mal injustificado, porque a negação de (g) diz que existe pelo menos um estado de coisas mau, de modo que para cada bem que o envolve há um bem maior que não o faz. [3]
Plantinga continua esta fase de seu exame com uma tentativa honesta, mas mal sucedida, de encontrar uma proposição que satisfaça as condições necessárias para a dedução da negação de (g) e conclui dizendo: "Se isso não mostra que não existe tal proposição, sugere que encontrá-la é muito mais difícil do que a maioria dos ateólogos parecem supor. '' [4] Agora, enquanto Plantinga não pode ser criticado por não explorar toda a gama de premissas essenciais ao teísmo, uma vez que, afinal, a gama é muito grande, parece que ele restringiu seu escopo de exame indevidamente porque ele pensa que (e) em si é provavelmente a única candidata para a proposição essencial ao teísmo e relevante para a dedução da negação de (g). Plantinga não diz por que ele pensa que (e) é o único candidato provável entre o enorme número de competidores, e eu acho que ele rejeita mesmo este candidato muito rapidamente porque não está totalmente claro que sua afirmação de que (i) acarreta (k) [5] está correta e, se não estiver, então ele próprio produziu um candidato plausível para a proposição que permitirá a dedução da negação de (g). No entanto, não quero discutir esse ponto. O que quero mostrar é que existem outros candidatos. Mostrar que existem três outras proposições, e talvez haja mais, pelo que sei, que são essenciais para o teísmo e que, em conjunto, implicam a negação de (g), de forma, que quando são adicionadas a (a) - (e) e (f1), o resultado é um conjunto de proposições que acarreta a conjunção contraditória de (g) e a negação de (g).
É bastante claro que (a) - (e) nem mesmo se aproxima do limite de esgotar a lista possível de premissas essenciais ao teísmo ortodoxo. Além disso, parece que

(1) Deus existe e criou tudo ex nihilo e no tempo. 
É uma proposição essencial para o teísmo e que (1) envolve ambos

(2) Antes da criação, não havia nada além de Deus e

(3) Após a criação, não há nada que não seja casualmente dependente de Deus;
mas a conjunção de (2) e (3) implica

(4) Se Deus não tivesse criado, não haveria nada além de Deus    
e, outra proposição essencial para o teísmo ortodoxo é que

(5) Deus é o maior bem possível
então o teísta está comprometido com a proposição de que

(6) Se Deus não tivesse criado, não haveria nada além do maior bem possível. 
(4) e (5) conjuntamente implicam (6). Agora, uma vez que o teísta também sustenta que Deus é totalmente livre, parece que o teísta também está comprometido com a proposição de que

(7) Deus não precisava ter criado;
mas então (6) e (7) implicam

(8) A existência do maior bem possível não implica a existência de qualquer outra coisa; 
e (8) implica

(9) A existência do maior bem possível não acarreta a existência de nenhum estado de coisas más. 
De (9) parece resultar que

(10) Todo estado mau de coisas é tal que, para todo bem que o implica , há um bem maior que não o implica
e de (10) segue-se que

(11) Se houver algum mal, então, para todo bem que o implica, existe um bem maior que não. 
Agora a conjunção de (e), que o mal existe, e (11) implica

(12) Há pelo menos um estado de coisas mau para todo bem que o implica, há um bem maior que não;
e uma vez que (12) é a negação de (g), e (g) é acarretada pela conjunção de (a) - (e) e (f1), a conjunção de (a) - (e) e (f1), junto com (1), (5) e (7), constituem um conjunto de proposições, vamos chamá-las de S, que acarreta a conjunção contraditória de (g) e a negação de (g). Assim, pareceria que o ateólogo pode, ao contrário do que acredita Plantinga, identificar um conjunto de premissas, (1), (5) e (7), que são essenciais ao teísmo e implicam na negação de (g), de forma que, quando essas novas premissas são adicionadas às outras, elas produzem o conjunto S que acarreta uma contradição. 
Mas, mesmo assim, Plantinga rejeitaria a afirmação de que S mostra que o teísmo é inconsistente e que o mal é injustificado, porque ele encontra outra dificuldade com (f1). Parece bastante claro que (f1) implica

(F) Uma pessoa onipotente e onisciente, que é totalmente, boa pode permitir que um estado de coisas mau exista apenas se for acarretado por um bem que o supere.

Agora, se (F) é falso, então (f1) é falso e o teísta pode rejeitar (f1), escapando da acusação de inconsistência, pois S não mostraria que o teísmo é auto-contraditório ou que o mal é injustificado, e no capítulo seis de God and Other Minds, Plantinga diz que (F) não é de forma alguma evidente e que os apologistas do teísmo tradicional frequentemente o negam. Esses apologistas, então, tentam escapar da acusação de inconsistência em sua crença teísta afirmando que (F) é falso. Eles sustentam sua afirmação de que uma pessoa onipotente e onisciente pode permitir o mal que não é acarretado por algum bem. Sua reivindicação de bondade moral, argumentando que talvez existam certos estados de coisas boas que um Deus onipotente não poderia provocar sem permitir o mal, mesmo que estes não impliquem nenhum mal. Um Deus onipotente, por exemplo, não pode criar o livre arbítrio e os bens morais que o acompanham sem também criar a possibilidade do mal, mesmo que esses bens não impliquem nenhum mal. Essa postura, segundo Plantinga, às vezes é chamada de defesa do livre-arbítrio. O argumento do livre arbítrio visa sustentar a afirmação do teísta de que (F) é falso, fornecendo uma fuga da acusação de inconsistência.
Mas o argumento do livre-arbítrio não tira o teísta desse problema. Embora possa ser adequado sustentar a afirmação de que (F) é falso, o argumento do livre arbítrio tem como uma de suas premissas essenciais Deus não ser moralmente culpado pelo mal no mundo, pois Deus poderia prevenir o mal moral apenas prevenindo a possibilidade de bem moral que o supere. Na formulação de Plantinga do argumento do livre-arbítrio, ele afirma esta premissa dizendo: "'O fato de que as criaturas livres às vezes erram, no entanto, de forma alguma fala contra a onipotência de Deus ou sua bondade: pois Ele só poderia prevenir a ocorrência do mal moral removendo a possibilidade do bem moral. Em outras palavras, Deus escapa da acusação de culpabilidade moral, porque prevenir o mal implica prevenir a possibilidade do bem moral que o supera. Assim, embora o teísta negue (f1), ele está presumivelmente comprometido com a afirmação de que

(f1') Uma pessoa onipotente e onisciente é totalmente boa apenas se evitar todo mal E, tal que prevenir E não acarreta impedir a possibilidade de um bem moral que supere E

e pareceria, então, que poderíamos dizer que um estado de coisas más se justifica apenas no caso de ser falso que preveni-lo não implica impedir a possibilidade de um bem moral que o supera.
Agora, enquanto (a) - (e) e (f1) não acarretam a negação de (e), eles implicam conjuntamente 

(g ') Todo mal E é tal que, prevenir E implica prevenir a possibilidade de um bem moral que supere E.

Assim, o ateólogo ainda pode convencer o teísta de inconsistência, mostrando que o mal é injustificado se ele puder encontrar um conjunto de proposições tal que cada membro do conjunto seja necessariamente verdadeiro, essencial ao teísmo ou uma consequência lógica de tais proposições, tal que todo o conjunto acarreta a negação de (g '):

Há pelo menos um estado de coisas ruins tal que impedi-lo não implica impedir a possibilidade de um bem moral que o supere.

A questão, então, é se o ateólogo pode ou não encontrar um conjunto de proposições que satisfaçam essas condições. Acho que ele pode e não é necessário ir muito além do conjunto de proposições (1) - (12) para produzir um conjunto que satisfaça essas condições.
Visto que o teísta acredita não apenas que Deus é o maior bem possível, mas também que Sua bondade é a mais elevada bondade moral, parece que uma outra reivindicação essencial para o teísmo é a afirmação de que

(13) O maior bem possível é o bem moral que supera qualquer mal possível, 
e que o teísta está comprometido com a proposição de que

(14) Se Deus não tivesse criado, existiria um bem moral que supera qualquer mal possível
porque (6), de (1) - (12) e (13), envolvem conjuntamente (14). Além disso, (4) de (1) - (12) implica

(15) Se Deus não tivesse criado, não haveria mal: e (15), junto com (7), de (1) - (12), implica

(16) Deus poderia prevenir o mal não criando.
Agora, da conjunção de (14) e (16), segue-se que

(17) Deus poderia prevenir o mal sem impedir a existência de um bem moral que o supere;
e uma vez que parece ser necessariamente verdade que

(18) O que é real é possível, 
então parece que o teísta está comprometido com a proposição de que

(19) Deus poderia prevenir o mal sem prevenir a possibilidade de um bem moral que o supera,
porque (19) segue da conjunção de (17) e (18). Mas (19) implica

(20) Todo estado de coisas más é tal que preveni-lo não implica impedir a possibilidade de um bem moral que o supere;
e de (20) segue que

(21) Se houver algum mal, impedi-lo não significa impedir a possibilidade de um bem moral que o supere.
e uma vez que (22) é a negação de (g '), e (g') é acarretada pela conjunção de (a) - (e) e (f1'), a conjunção (a) - (e) e (f1'), junto com (1), (5), (7), (13) e (18), constitui um conjunto de proposições - vamos chamá-lo de S' - que implica a conjunção contraditória de (g') e a negação de (g '). Assim, parece que o ateólogo pode identificar um conjunto de proposições que são necessariamente verdadeiras, essenciais ao teísmo e que implicam na negação de (g '), de forma que, quando essas novas proposições são adicionadas às outras, elas produzem o conjunto S' que acarreta uma contradição, sendo cada membro de S' necessariamente verdadeiro, essencial ao teísmo ou uma consequência lógica de tais proposições. Em suma, enquanto S pode não mostrar que o teísmo é inconsistente ou que o mal é injustificado, o ateólogo pode produzir S' para convencer o teísta de inconsistência, mostrando que o mal é injustificado.
Além disso, uma vez que (20) diz que todo estado de coisas más é tal que preveni-lo não implica prevenir a possibilidade de um bem moral que o supere, então (20) e (f1') implicam que, se houver uma pessoa onipotente e onisciente que é totalmente boa, então ela impediria todo  mal. Assim, (a) - (e) e (f1'), junto com (20), implicam que não há mal, isto é, implicam na negação de (e). S' não implica apenas (g') e a negação de (g'), S' também envolve (e) e a negação de (e).
Não está claro como Plantinga responderia ao argumento anterior, pois suas provas engenhosas no capítulo seis são dedicadas a uma defesa do argumento do livre arbítrio contra certos ataques específicos, e uma vez que o argumento anterior não desafia o argumento do livre arbítrio,  as provas de Plantinga não vão contra meus escritos. O argumento anterior mostra que a questão sobre o mal, que o argumento do livre arbítrio levanta entre o teísta e o ateólogo, deixa de lado o problema principal para o teísmo, porque esta questão é geralmente discutida de forma a sugerir que Deus tinha apenas duas escolhas com respeito à criação, ou criar um mundo com o mal ou criar um mundo sem o mal. O ateólogo geralmente assume que o teísta tem um problema caso Deus pudesse ter criado de forma diferente, isto é, apenas no caso de Deus ter criado um mundo sem o mal. O teísta então responde que não há problema porque, afinal, Deus não poderia ter criado de forma diferente, isto é, Deus não poderia ter criado um mundo sem o mal ou pelo menos a possibilidade do mal que de fato se tornou realidade.
Mas a questão se Deus poderia ou não ter criado um mundo sem o mal perde o ponto, porque é falso que o teísmo tem um problema apenas no caso de Deus poder ter criado de forma diferente: o teísta tem um problema mesmo se Deus pudesse ter criado de maneira diferente. O que o argumento anterior mostra é que se o teísta está certo em algumas de suas afirmações sobre Deus, então Deus é o criador e um ser totalmente livre que não tinha apenas as opções de criar um mundo com ou sem o mal: Ele tinha a opção de não criar nada. Não importa o que é aceito sobre o que Deus poderia ou não fazer com a criação, ou o que Deus deveria ou não ter feito com a criação, permanece que as crenças do teísmo ortodoxo implicam que Deus não precisava ter criado e que se Deus não criasse, então não haveria mal algum. Na própria visão do teísta, então, para prevenir o mal, Deus não precisava ter criado de uma maneira especial. Ele poderia ter falhado em criar completamente e sem qualquer perda de livre arbítrio ou bondade moral, porque o teísta também sustenta que Deus é totalmente livre e o mais alto bem moral. Talvez Deus não pudesse, por alguma razão perfeitamente plausível, criar um mundo sem o mal, mas então parece que Ele nem deveria ter criado. Se o teísta está certo em algumas de suas afirmações sobre Deus e o mal, então, sendo onisciente e antes da criação, Deus sabia que, se Ele tivesse criado, haveria o mal; portanto, sendo totalmente bom, Ele não deveria ter criado. Talvez Deus não pudesse, por alguma razão perfeitamente plausível, criar um mundo sem o mal, mas então parece que Ele nem deveria ter criado. Se o teísta está certo em algumas de suas afirmações sobre Deus e o mal, então, sendo onisciente e antes da criação, Deus sabia que, se Ele tivesse criado, haveria o mal; portanto, sendo totalmente bom, Ele não deveria ter criado.
Para escapar desse argumento, o teísta precisa de uma apologética da criação e tal apologética, ao que parece, deve entrar em conflito com pelo menos uma das outras afirmações do teísta sobre Deus, porque, na própria visão do teísta, antes da criação não havia nada faltando no valor perfeito de Deus que exigiria a criação. Uma abordagem possível para uma apologética satisfatória da criação, por exemplo, poderia ser apontar que, se Deus não tivesse criado, então não haveria livre arbítrio humano ou bem moral humano. Mas esse tipo de abordagem exigiria uma premissa adicional no sentido de que uma hierarquia de valor criada adicionaria ao valor geral e, portanto, Deus criaria. Decorreria disso, entretanto, que o valor criado acrescenta ao valor de Deus e, portanto, que Deus não é o maior bem possível porque Sua divindade pode ser aumentada pela adição do valor criado. Portanto, esta abordagem não parece ser muito promissora, nem, ao que parece, qualquer outro tipo de abordagem, porque tal apologética teria que declarar que Deus teve que criar por uma razão ou outra, e isso também pareceria entrar em conflito direto com a visão de que Deus é totalmente livre ou a visão de que Deus não tem motivos, tais como necessidades ou desejos, que explicariam adequadamente o alegado ato criativo. Portanto, parece que o teísmo é inconsistente e que o teísta deve desistir de uma ou mais de suas afirmações sobre Deus.,

[1] Alvin Plantinga God and Other Minds 'Ithaca: Cornell University Aperte. 1967; pp 115-130.
[2] Plantinga deixa claro na página 120 que, dizer que um estado de coisas implica outro estado de coisas, é dizer que a proposição que um obtém, implica a proposição que o outro obtém.
[3] Ibid, p. 122
[4] Ibid, p. 128.
[5] Consulte a página 125 para a discussão de Plantinga sobre (i) e (k).
[6] Ibid, p. 131.
[7] Ibid, p. 132.





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